quarta-feira, 15 de abril de 2009

Liberdade tem limite?

Liberdade tem inicio, que começa não sei onde, mas que tem uma vontade de chegar. Também não sabe aonde chegar, só que quer chegar. Corre sem ter pressa de chegar aos limites do infinito.
Nas fronteiras, esses limites do infinito, são despertados para uma insaciedade de céu. Com liberdade você chega onde você nunca pensou que queria chegar. Aí você chega aquele ponto que a revolução s espalha no corpo como uma água corrente e desesperada para canalizar toda energia em algum lugar. E corre e voa e volta e revira e mexe e não acha para onde. Por todos os lados só os limites de infinito.
Em pequenos segundos, de horas fugazes que não fugirão, não escaparão, do futuro da memória. Lá onde ficará guardado o sabor vermelho do vinho, sabor vermelho de quem sente a revolução para além da retórica. Guardada também com a amarela luz fosca, do foco de uma luminária perdida e redonda (Onde antes iluminavam caminhos despropositados de reacionário e agora há de iluminar o futuro visionário de nossas memórias.) no meio da noite escura e clandestina, no meio do tempo inimaginável que se transfiguravam em loucas, desnudas, rápidas, intensas, urgentes carícias.
Furtivos, nós? Inconseqüentes? Intransigentes? Desculpem se medimos apenas as conseqüências do prazer. Pior é que nem sei poderia pedir desculpas, já que tenho certeza que repetiria tudo outra vez e clandestinamente desbordaríamos em loucas inconseqüentes e despropositais momentos. E se a existência é uma doença e só a curaríamos se aceitássemos o eterno retorno, que se eternize esse momento então. Que se consolide o mais nietzcheanos dos conceitos, então.
Inconseqüentes, não sei. Despropositais, com certeza. Não podemos mesmo medir as conseqüências do que nossos atos nos farão sentir. Sempre despropositais, por que é como chegar sem esperar nada, sem saber que vamos ganhar o céu por alguns instantes, por mais que quando a gente ache vai tocar o céu e ele se dissolva em gás de nuvem no ar. Mas, fica a certeza de que podemos chegar bem perto, basta ir as fronteiras do infinito.
E não menti, não estava à procura de romance (e nem falo para parecer durão, a lembrar que me chamastes de coração de pedra sem nenhum conhecimento). Estava mesmo era a procura de sentir. A procura de sentimentos, pessoas e o que elas podem dá de suas essências em pequenas provas rápidas e ligeiramente despropositais. A lembrar que concordava a pouco com uma amiga que amores para serem românticos precisam ser incompletos. Talvez seja porque os sentimentos se completam em momentos que não tenham uma finitude cronológica. Não que eu esteja falando de amor, pelo menos daquele amor burguês a que estamos acostumados. Na verdade, ainda nem sei como é essas coisa de amar, como podemos amar e de que forma isso pode nos dá liberdade. Acho apenas que podem existir sentimentos. Se na vida sentimentos em jardins colorirem nossas vidas e dar lugar a loucas e ébrias mariposas repousantes, mesmo que sejam por breves momentos isso pode ser sim, são sentimentos mesmo que breves e frenéticos. Amores são sentimentos, apenas isso e sentimentos são necessariamente livres. Não estou bem certa de nada, tão pouco do que seria esse tal amor livre. Só sei que foi ele, foi ele quem me fez sentir assim. Fez-me sentir saudades. Eureca! Era isso, tratava-se de saudades. Nem sei o que sinto agora, só sei que senti. Nem quero pensar no que me faz parecer vulnerável (e nem me sinto mais depois que dissolvi dúvidas em palavras). Só quero saber que se liberdade tem limites, esses estão nas fronteiras do infinito.

2 comentários:

Tribo Cult disse...

Hey! Passando pra lhe avisa que criei um novo blog...E to me adcionando como seu seguidor viu?!
(Ítalo Dantas - irmão da Iris (CDN)

tuemaisloucaqueeu disse...

valeu italo. e deixa o link do teu blog.bju